Hospital Ronaldo Gazolla (Divulgação)

A prefeitura do Rio de Janeiro, sob gestão de Eduardo Paes (DEM), decidiu transferir sedativos, analgésicos e anestésicos do Centro de Controle de Zoonoses para utilizá-los em pacientes com Covid-19 internados no hospital municipal Ronaldo Gazolla. A medida ocorre para suprir a falta desses medicamentos na unidade de saúde. Os remédios não são de uso exclusivo veterinário.

O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, afirmou ao G1 que a transferência dos medicamentos de unidades veterinárias também deve contemplar unidades municipais, estaduais e federais, além dos hospitais particulares. As cirurgias eletivas já estão suspensas no Rio, incluindo as veterinárias, como forma de concentrar os insumos no atendimento aos pacientes com Covid-19.

“As cirurgias eletivas estão suspensas na cidade do Rio. E isso inclui as cirurgias no centro de veterinária. Não faz o menor sentido continuar consumindo itens essenciais para intubação e para a saúde humana nas unidades veterinárias. Então a gente está utilizando todo este material relativo a sedativos e a bloqueadores neuromusculares nas unidades que têm um alto atendimento de pessoas com Covid ou outras doenças em que são necessárias a intubação”, afirmou Soranz.

De acordo com o secretário, o sistema de saúde do Rio tem abastecimento desses medicamentos para apenas três dias. O Rio possui o maior número de pacientes intubados devido à doença desde o começo da pandemia.

“Todos os hospitais, municipais, estaduais e federais, têm um abastecimento para três dias e a gente tem remanejado para toda a rede para que não falte em nenhuma unidade e que a gente consiga manter um equilíbrio neste fornecimento. Toda a rede SUS e a rede privada estão contribuindo para a manutenção destes insumos, que são estratégicos. Por isso, o ministério da saúde centralizou esta compra e tem distribuído por meio do governo do estado, que é responsável por esta logística”, disse o secretário.

Jornalista e estudante de Ciências Sociais na FFLCH-USP. Vegetariana desde os 16 anos. Acredita que a vida sem crueldade animal é muito mais ética, sustentável e saudável. É subeditora do Portal Veg.