Foto: Avpics / Alamy

A partir de agora, no Reino Unido, o veganismo será determinado como “crença filosófica ou religiosa” e, portanto, protegida por lei. O zoologista Jordi Casamitjana venceu o processo em que alegou ter sido discriminado e demitido por ser um “vegano ético”.

Casamitjana processou a Liga Contra Esportes Cruéis (League Against Cruel Sports – LACS), alegando que foi demitido devido à sua crença filosófica no veganismo.

Segundo os advogados de Casamitjana, a classificação do veganismo como crença filosófica significa a proteção pelo Ato de Igualdade de 2010. Para uma crença ser protegida pelo Ato, é necessário que cumpra uma série de critérios, como ser respeitável numa sociedade democrática, compatível com a dignidade humana e não conflitante com os direitos fundamentais.

Um dos defensores de Casamitjana, Peter Daly, afirmou que “o veganismo ético é uma crença filosófica seguida por uma porção significativa da população do Reino Unido e ao redor do mundo”. Segundo ele, o caso preparado explicou como a crença e as interpretações de Jordi sobre ela vai ao encontro das exigências legais.

Para Casamitjana, que estudou Zoologia e Comportamento Animal na Universidade de Barcelona, o ponto principal do caso é garantir mais proteção legal para veganos e suas crenças.

Antes do julgamento, a LACS disse à BBC que “é uma empregadora inclusiva e essa é uma audiência para decidir se o veganismo deveria ser um status protegido, algo que a Liga não contesta. Seria inapropriado comentar mais”.

Estudante de Jornalismo na ECA-USP e estagiária na Redação do Portal Veg.