Pesquisa do Sebrae mostra o crescimento do veganismo nas redes

O SIS (Sistema de Inteligência Setorial) do Sebrae realizou uma pesquisa em redes sociais para avaliar as novas tendências e exigências dos consumidores. O resultado encontrado foi que as pessoas estão cada vez mais cuidadosas e criteriosas com o que escolhem e compram, e tendem a escolher produtos mais éticos e sustentáveis.

A pesquisa identificou, por exemplo uma maior procura por cosméticos orgânicos, naturais, veganos e cruelty-free (livres de testes em animais). Além de explicar os conceitos de cada um desses tipos de produto, o SIS recomenda que os empreendedores estejam atentos a essa tendência e invistam na produção deles.

O período monitorado pelo SIS nas redes foi entre 7 e 20 de maio de 2019, e foram analisadas mais de 2.000 publicações. O resultado foi que 75% das pessoas que comentam sobre esses assuntos são mulheres, e 50% é da geração Millennial (nascidos entre 1981 e 1996). A rede social com maior incidência do assunto é o Instagram, com 89% da atividade analisada, e o assunto mais influente é o conceito de cruelty-free, que também é a hashtag mais utilizada.

O Sebrae também analisou o crescimento do mercado vegano, evidenciando que este vai muito além do mercado alimentício. Um dos dados reunidos foi o de que o mercado de cosméticos cruelty-free deverá crescer 6,1% entre 2017 e 2023, e ressaltou a designação da The Economist de 2019 como ano do vegano. Além disso, as informações reunidas mostram que os países com maior procura por conteúdo e produtos veganos na internet foram a Austrália, o Reino Unido e a Nova Zelândia. Nos Estados Unidos, o veganismo cresceu 600% em 3 anos, e o mercado de cosméticos veganos no país deverá ultrapassar 3,16 bilhões de dólares até 2025. Já no Brasil, uma pesquisa do Ibope Inteligência de 2018 revelou que 55% dos entrevistados dão preferência a produtos veganos, número que sobe para 65% nas capitais.